A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.
As cores são elementos presentes em nossa vida de diversas formas, aparecendo nas roupas, nos ambientes, na alimentação, e em tantas outras coisas, até no tratamento de doenças, pois cada uma tem uma vibração que afecta o corpo e a mente, activando as glândulas humanas e as funções orgânicas, fortalecendo o sistema imunológico.
Registos históricos indicam que as cores começaram a ser utilizadas pelos nossos primeiros ancestrais para atrair a caça, passando ao longo dos anos a ter maior papel nas culturas e religiões, como na Índia e China, cuja aplicação se dá em forma de energias, ou no Ocidente, onde as religiões utilizaram coloração das roupas para definir hierarquias cristãs.
O mais antigo estudioso das cores foi o filósofo grego Aristóteles, que as incluía entre as propriedades dos objectos, teoria contestada por Da Vinci, que afirmava serem propriedades da luz, mas foi o físico inglês Isaac Newton que apresentou as experiências que revolucionaram os conceitos sobre a luz e as cores.
Posteriormente os conceitos teóricos foram aplicados e os estudos voltaram-se para os aspectos psicológicos, não só para a capacidade de ser vista, mas também pela emoção que provoca e na simbologia e capacidade de construir uma ideia.
A correta utilização das cores é um importante aliado para o equilíbrio dos ambientes e daqueles que os habitam, sendo gerador de bem estar, o que eleva a auto-estima e reduz o stress, além de facilitar a comunicação e aumentar a produtividade, eliminando ansiedade, angústia e depressão.
As cores utilizadas têm muita influência no tipo de "clima" que se cria, uma vez que as chamadas cores frias, tendem a criar um efeito calmante, enquanto que as cores quentes, tendem a dar um efeito excitante.
As cores frias são aquelas cores onde existem a predominância dos tons de azul, verde e roxo. São caracterizadas como cores tristes e melancólicas, dando a sensação de calma e tranquilidade.
As cores quentes são aquelas cores onde existem a predominância dos tons de vermelho, amarelo e laranja. São caracterizadas como cores alegres e vibrantes e que nos dão a sensação de calor.
As cores neutras são aquelas cores onde não existem a predominância nem dos tons quentes e nem dos tons frios. Estas cores servem como base para qualquer cor, sejam elas de qualquer tonalidade. Preto, Cinza, Branco, Castanho e Bege.
As cores influenciam até mesmo na percepção do tempo, uma vez que estudos comprovam que em ambientes com cores “quentes” as pessoas subestimaram a passagem do tempo, ocorrendo o contrário com aquelas posicionadas em ambientes com cores “frias”, enquanto a audição é afectada por sons altos, que tornam as cores verdes mais sensíveis que as vermelhas aos olhos.
Dum modo mais detalhado… O significado das cores:
O preto está associado à ideia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia a cor da sofisticação e luxo.
O branco associa-se à ideia de paz, de calma, de pureza. Significa inocência e pureza.
O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite estabilidade, sucesso e qualidade.
O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico.
O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência e agressividade.
O Verde significa vigor, juventude, frescura, esperança e calma.
O Amarelo transmite calor, luz e descontracção. É também uma cor energética, activa que transmite optimismo. Está associada ao Verão.
O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. Significa movimento e espontaneidade.
O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho.
O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.
O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.
O Rosa significa beleza, saúde, sensualidade e também romantismo.
O prateado ou cor prata é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à inovação.
Há dias em que levantamos e olhamos o mundo cor-de-rosa. Noutros, porém, tudo parece cinza. Que motivos nos levam a associar cores a sentimentos e emoções? Por que o rosa nos dá a sensação de beleza; e o preto, de tristeza? Este é um assunto que a psicologia estuda há décadas e ainda causa controvérsia. Mas uma coisa é certa: as cores estimulam sensações e até produzem alterações no funcionamento do nosso organismo.A cor nada mais é que luz, ou seja, fótons que são emitidos por determinados átomos em processos naturais ou artificiais. Quando reflectida nos objectos, a luz é traduzida em cores de comprimentos de onda que variam entre 400 e 770 nanómetros (milionésimos de milímetros). Cada cor tem um determinado comprimento de onda dentro dessa faixa e, no olho humano, há células especiais, cones e bastonetes, capazes de captar as cores e enviá-las ao cérebro. Evidências científicas sugerem que a luz de diversas cores, ao entrar pelos olhos, afecta directamente o centro das emoções. Embora a maioria das pessoas veja a cor da mesma maneira, cada um de nós responde a esse estímulo de formas diferentes. Ou seja, é um fenómeno subjectivo e individual.Eric Calderoni, psicólogo e professor de comunicação, vice-presidente da Associação de Pós-Graduandos da PUC-SP, desenvolveu pesquisas sobre o assunto. Ele afirma que não há consenso na psicologia sobre o efeito de cada cor sobre os seres humanos, porque é extremamente difícil investigar o impacto psicológico das cores de maneira científica. Entre outras, as maiores dificuldades são determinar como o impacto se manifesta no comportamento e se a sua reacção é produzida pela exposição à cor ou por outros estímulos.
Em síntese, Calderoni divide o impacto psicológico das cores em dois grandes grupos de teorias: percepções natas e percepções de aprendizado. Segundo a teoria "inatista", já nascemos programados para sentir as emoções produzidas pelas cores, pois esses padrões derivam de impactos positivos e negativos sobre a seleção natural da espécie. Nesse caso, o homem primitivo, na sua evolução, foi associando as cores a factores de sobrevivência. Nas teorias inatistas, os impactos psicológicos seriam os mesmos, mas não as reacções, que dependeriam da personalidade de cada um.
A teoria do aprendizado, por sua vez, acredita que o indivíduo, durante sua vida, passa a associar cada cor a uma emoção e a um padrão de comportamento. Por exemplo, se viveu experiências agradáveis numa casa pintada de verde, vai gostar dessa cor e de tudo o que relaciona com ela; se tiver experiências negativas irá rejeitá-la. Ambas as teorias dizem que a maioria das pessoas pode reagir de maneira parecida a determinada cor por ter compartilhado experiências semelhantes, como o calor dos dias ensolarados, que associa amarelo à animação, à alegria e ao prazer. A teoria do aprendizado afirma, no entanto, que pessoas de determinada classe social têm experiências semelhantes, o que as faz reagir perante as cores de maneira diferente de pessoas de outras classes.
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